Estilo Pet
Os cuidados com as alergias
Dermatites alérgicas prejudicam a qualidade de vida dos cães; conheça os tipos mais comuns
Leandro Lopes -
Assim como os seres humanos, os animais de estimação também são muito afetados por doenças alérgicas. Animais alérgicos apresentam diferentes graus de prurido (coceira), o que gera grande transtorno a eles e atinge também os familiares que convivem com o desconforto do pet.
Entre as alergias, a Dermatite Alérgica à Saliva de Pulga (Dasp) é uma das mais comuns. Como o nome indica, o cão apresenta quadro alérgico quando em contato com a saliva da pulga. Outro tipo é a hipersensibilidade alimentar, que ocorre quando o sistema de defesa do animal reage a um componente do alimento, iniciando a situação alérgica. Por fim, há a dermatite atópica, principal alergia na rotina dermatológica.
A dermatite atópica é uma doença inflamatória e crônica, de caráter genético, que tem como principal sinal a coceira. É comum em cães: hoje, acredita-se que esteja presente em cerca de 20% da população canina. Ela ocorre devido a um defeito na estrutura da pele, à resposta exagerada do sistema imune e às influencias do ambiente.
“Até 40% do quadro clinico pode ser influenciado por reações adversas a alimentos, assim como a piora também pode acontecer devido a infecções por bactérias e fungos”, explica o veterinário Rafael Pereira, especializado em Dermatologia e Alergologia. O diagnóstico é presumido clinicamente através de uma conversa com o proprietário e dos sinais clínicos.
Cães com dermatite atópica podem apresentar ao menos cinco dos seguintes critérios
1 - Sinais se iniciam antes dos três anos de idade
2 - Vivem dentro de casa
3 - A coceira responde bem à corticoide
4 - Primeiro apresenta coceira, depois lesões
5 - Apresenta coceira, lambedura nas patas dianteira
6 - Apresenta sinais nas orelhas (otite)
7 - As bordas das orelhas não apresentam sinais
8 - A região dorso lombar também não apresenta sinais
A forma de tratar
Para o tratamento, é preciso minimizar a exposição aos alérgenos do ambiente e controlar a coceira e a inflamação. Na maioria das vezes, a dermatite atópica não tem cura, mas há uma boa notícia, segundo Rafael: existe um controle. “Para realizar o correto controle, é necessário um diagnóstico preciso através de exames, que possibilitam identificar e eliminar as bactérias e fungos presentes. A administração é realizada após a remoção desses agentes e da inflamação da pele. Depois, o tratamento segue com a utilização de medicamentos”, explica o veterinário.
Os procedimentos são específicos para cada paciente. A possibilidade para minimizar, ou em alguns casos até mesmo retirar totalmente os medicamentos, se dá através da imunoterapia, onde são realizados testes alérgicos; posteriormente é iniciado um protocolo vacinal, visando à dessensibilização do alérgico e minimizando o uso de fármacos. “Com isso, é possível oferecer ao animal - e também à família - uma maior qualidade de vida”, finaliza.
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